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terça-feira, 30 de agosto de 2011

A falta que o respeito faz

A cultura moderna, desde os seus albores no século XVI, está assentada sobre uma brutal falta de respeito. Primeiro, para com a natureza, tratada como um torturador trata a sua vítima com o propósito de arrancar-lhe todos os segredos(Bacon). Depois, para com as populações originárias da América Latina.
Em sua “Brevíssima Relação da Destruição das Indias”(1562) conta Bartolomé de las Casas, como testemunho ocular, que os espanhóis “em apenas 48 anos ocuparam uma extensão maior que o comprimento e a largura de toda a Europa, e uma parte da Ásia, roubando e usurpando tudo com crueldade, injustiça e tirania, havendo sido mortas e destruídas vinte milhões de almas de um país que tínhamos visto cheio de gente e de gente tão humana”(Décima Réplica). Em seguida, escravizou milhões de africanos trazidos para as Américas e negociados como “peças” no mercado e consumidos como carvão na produção.
Seria longa a ladainha dos desrespeitos de nossa cultura, culminando nos campos de extermínio nazista de milhões de judeus, de ciganos e de outros considerados inferiores.
Sabemos que uma sociedade só se constrói e dá um salto para relações minimamente humanas quando instaura o respeito de uns para com os outros.
O respeito, como o mostrou bem Winnicott, nasce no seio da família, especialmente da figura do pai, responsável pela passagem do mundo do eu para o mundo dos outros que emergem como o primeiro limite a ser respeitado. Um dos critérios de uma cultura é o grau de respeito e de autolimitação que seus membros se impõem e observam. Surge, então, a justa medida, sinônimo de justiça. Rompidos os limites, vigora o desrespeito e a imposição sobre os demais. Respeito supõe reconhecer o outro como outro e seu valor intrínseco seja pessoas ou qualquer outro ser.
Dentre as muitas crises atuais, a falta generalizada de respeito é seguramente uma das mais graves. O desrespeito campeia em todas as instâncias da vida individual, familiar, social e internacional. Por esta razão, o pensador búlgaro-francês Tzvetan Todorov em seu recente livro “O medo dos bárbaros”(Vozes 2010) adverte que se não superarmos o medo e o ressentimento e não assumirmos a responsabilidade coletiva e o respeito universal não teremos como proteger nosso frágil planeta e a vida na Terra já ameaçada.
O tema do respeito nos remete a Albert Schweitzer (1875-1965), prêmio Nobel da Paz de 1952. Da Alsácia, era um dos mais eminentes teólogos de seu tempo. Seu livro “A história da pesquisa sobre a vida de Jesus” é um clássico por mostrar que não se pode escrever cientificamente uma biografia de Jesus. Os evangelhos contém história mas não são livros históricos. São teologias que usam fatos históricos e narrativas com o objetivo de mostrar a significação de Jesus para a salvação do mundo. Por isso, sabemos pouco do real Jesus de Nazaré. Schweitzer comprendeu: histórico mesmo é o Sermão da Montanha e importa vivê-lo. Abandonou a cátedra de teologia, deixou de dar concertos de Bach (era um de seus melhores intérpretes) e se inscreveu na faculdade de medicina. Formado, foi a Lambarene no Gabão, na Africa, para fundar um hospital e servir a hansenianos. E ai trabalhou, dentro das maiores limitações, por todo o resto de sua vida.
Confessa explicitamente:”o que precisamos não é enviar para lá missionários que queiram converter os africanos mas pessoas que se disponham a fazer para os pobres o que deve ser feito, caso o Sermão da Montanha e as palavras de Jesus possuam algum sentido. O que importa mesmo é, tornar-se um simples ser humano que, no espírito de Jesus, faz alguma coisa, por pequena que seja”.
No meio de seus afazares de médico, encontrou tempo para escrever. Seu principal livro é: "Respeito diante da vida” que ele colocou como o eixo articulador de toda ética. “O bem”, diz ele, “consiste em respeitar, conservar e elevar a vida até o seu máximo valor; o mal, em desrespeitar, destruir e impedir a vida de se desenvolver”. E conclui: "quando o ser humano aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante; a grande tragédia da vida é o que morre dentro do homem enquanto ele vive”.

Como é urgente ouvir e viver esta mensagem nos dias sombrios que a humanidade está atravessando.
(Leonardo Boff,Teólogo/Filósofo, é autor de “Convivência, Respeito, Tolerância”,Vozes 2006.)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Nordeste Andante



Vamos prestigiar!!! Convites a R$20,00
Pontos de Venda: Secretaria Paroquial
Com intuito de angariar fundos para a construção da Casa de Recuperação de Dependentes Quimicos, pedimos a compreensão de todos aqueles que poderiam estar pagando meia entrada, porém por ter fim social não estaremos disponibilizando a mesma, entendemos os direitos de se pagar meia mas o Cunho social é maior!
COLABOREM...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS - LECTIO DIVINA - AGOSTO DE 2011¹



Chave de leitura: Mt 16, 24-28
1. A Lectio Divina ao longo do ano nos vem conscientizando do chamado de Jesus Cristo ao seu discipulado. Discípulo fiel é aquele que segue o Mestre, aprende com Ele e se demonstra disposto a transmitir seu aprendizado ao seu próximo.
2. Neste mês de agosto, mês vocacional, vamos refletir sobre a vocação à vida, mas não uma vida qualquer, e sim a uma vida digna, vida de doação ao próximo, vida de oração. Refletiremos sobre a vocação à vida de cristão batizado, que dá testemunho de fé, para que todos “tenham vida e vida em abundância” (cf. Jo 10, 10).
3. No texto veremos alguns pontos essenciais:
a) Jesus nos convida ao despojamento da vida presente para que, possamos merecer a vida eterna. b) O Senhor nos leva a refletir sobre o confrontar o egoísmo que nos faz desistir do Autor da vida.
c) O verdadeiro discípulo tem a atitude de estar aberto aos ensinamentos de Jesus Cristo e seu agir deve ser fruto da doação total de si mesmo.
4. Para nos auxiliar na meditação, alguns questionamentos:
4.1. Como está meu seguimento da pessoa de Jesus Cristo?
2. A quem ou a que prendo minha vida?
2.1. Estou disposto a renúncias para bem poder vivenciar meu discipulado?
3. O que é a vida para mim?
3.1. Qual a minha compreensão?
3.2. Eu optei pela vida proposta por Jesus Cristo?
4. O que tenho feito em defesa da vida?
4.1. No âmbito da fé?
4.2. No âmbito da política?
4.3. No âmbito da comunidade?
4.4. No âmbito familiar?
5. Como estou me preparando para a Segunda vinda Gloriosa de Jesus?
5.1. É uma preparação verdadeira?
5.2. É uma preparação aberto aos desígnios de Deus?
6. Pouco antes do momento de oração, o presidente da reunião conduza para que todos partilhem de suas experiências – sobre o que foi refletido nessa Lectio Divina – a fim de edificar o grupo, exortando-os a testemunhar sua fé em Jesus Cristo também a toda comunidade – e não só dentro do grupo. E se valendo dessas experiências, conduza a oração acolhendo aos anseios de cada integrante da reunião, deixando um período livre para que todos participem com sua prece espontânea.
7. Como oração final faça-se todos juntos (ou de outra forma, se preferirem) a oração do Salmo 62, que nos diz: “Só de Deus vem a esperança”.
7.1. O presidente conduza a oração final para a esperança na vida nova oferecida por Jesus Cristo.
8. Antes da despedida, faça-se a proposta de incentivo à oração da Leitura Orante em casa, com o seguinte texto bíblico: Mt 7, 21-27.
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Chave de leitura: Jo 15, 9-17
1. Continuando nossa reflexão sobre a vocação à vida, nessa Lectio Divina meditaremos sobre o amor de Deus por nós. Amor esse que nos dá vida, pois como nos diz o texto Sagrado: “Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e deem fruto e que esse fruto não se perca.” (Jo 15, 16)
2. Como vemos, somos escolhidos pelo Senhor da vida não para que nos acomodemos, mas sim, para que nossa vida produza frutos, ou seja, para que anunciemos o Santo Evangelho a nossos irmãos e irmãs.
3. Como auxílio para a meditação:
a) Em que consiste o amor de Deus por nós? Ele exige algo em troca?
b) Minha resposta a esse amor tem sido fiel? Sou sincero com Deus?
c) Tenho produzido frutos para a maior glória de Deus? Minha vida tem sido um fiel testemunho do amor de Deus aos homens?
4. Na oração, aquele (a) que coordena a reunião, busque a harmonia na oração evitando que alguns louvem, outros peçam a intercessão dos santos, que todos neste momento tenham como principal atenção a pessoa de Jesus Cristo como modelo de doação de vida e de amor ao próximo.
5. Após a oração faça-se uma breve instante de silêncio, e após uma partilha visando um compromisso maior com o discipulado de Jesus Cristo. Como auxílio temos:
5.1. Como me vejo a partir dessa Lectio Divina?
5.2. Estou aberto (a) ao Espírito Santo, para que Ele me dê um novo impulso na caminhada?
5.3. Estou disposto (a) a ser discípulo e missionário de Jesus Cristo, anunciando o amor de Deus com minha vida?
6. Como oração final rezemos o Salmo 118 (119), 5-12: “Tua Palavra é lâmpada para meus passos”.
7. Como sugestão de Leitura Orante para ser feita em casa: Jo 10, 1-10.

LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS - LECTIO DIVINA - JULHO DE 2011

Chave de Leitura de Mt 10,17-33

1. Continuaremos neste mês de julho a temática do discípulo missionário com enfoque especial na missão. Devemos sempre nos lembrar que ser discípulo e missionário são duas faces da mesma moeda. Não se pode ser discípulo sem ser missionário e não se pode ser missionário sem a vivência do discipulado.

2. O texto desta Leitura Orante é muito forte, pois fala de uma situação que torna autêntica a missão do discípulo de Jesus: A PERSEGUIÇÃO. Podemos praticamente dizer que se somos perseguidos por causa do nosso seguimento e anúncio de Jesus, estamos sendo verdadeiros missionários. Vimos no mês passado que o Senhor nos envia “como ovelhas no meio de lobos.”

3. Notem que neste texto Jesus não fala da perseguição como uma possibilidade na missão, mas que faz parte dela. Entretanto, é preciso também deixar claro, que Jesus afirma que mesmo na derrota aparente, o discípulo é sempre vitoriosoà versículos 19-20. 31. 32. Estes versículos fazem eco à conclusão do evangelho de Mateus: Mt 28,20.

4. Que os irmãos e irmãs no momento de fazerem a partilha, partilhem as experiências concretas de como se sentem perseguidos por causa da Palavra. Será também uma vitória de Deus se conseguirem falar dos momentos em que fraquejaram por causa da perseguição. Isso é vitória porque a Palavra de Deus sempre nos coloca em caminhada de conversão.

5. É evidente que Deus nos chama a ser discípulos e missionários de seu Filho Jesus Cristo, não para sermos simplesmente perseguidos, mas para que a sua salvação chegue às pessoas. Portanto, que não se deixe de partilhar também os fatos concretos, onde algum irmão ou irmã, perseverando na perseguição, viu a obra da salvação de Deus realizar-se na vida das pessoas e na sociedade.

6. O esquema desta Leitura Orante é normal, com os momentos de cantos e orações.

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LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS - LECTIO DIVINA - JULHO DE 2011²

Chave de Leitura de Mt 10, 34-42
1. Esta Leitura Orante aborda a conclusão do Discurso Apostólico ou Missionário do evangelho de Mateus. Nunca é demais lembrar que discípulo e missionário são duas faces da mesma moeda. O anúncio de Jesus não tem como objetivo provocar discórdias. Contudo, as discórdias necessariamente aparecem, pois o discípulo missionário tem de fazer escolhas exigentes e radicais.

2. As escolhas exigentes e radicais começam já no seio de nossas próprias famílias. É neste sentido que aparece a figura da espada da divisão do v. 34 e a necessidade de colocarmos as exigências de Jesus acima até mesmo dos nossos legítimos afetos familiares e também dos nossos programas pessoais de vida, pois “aquele que ganha a sua vida, a perderá, mas quem perde a sua vida por causa de mim, a ganhará.” (v. 39)

3. Convém notar que os termos “profeta” e “justo” que aparecem no versículo 42, indicam o discípulo missionário.

4. Para a partilha pode-se pedir aos irmãos e irmãs que contem as experiências que tiveram em suas próprias famílias quando alguma vez tiveram que ser radicais por causa do evangelho. Isso é uma sugestão. Deixem sempre as pessoas livres para dizerem o que a Palavra lhes tem falado.

5. Após o momento da ORAÇÃO, pode-se cantar o canto “alma missionária”, que parece que a maioria das comunidades conhece.

6. Sugestões para a Leitura Orante individual que as pessoas podem fazer em casa: Lc 14, 25-35; 2Cor 4,1-12. Para entender melhor as tribulações por causa das exigências do evangelho e da radicalidade do discípulo missionário, vejamos o exemplo de Paulo: 2 Cor capítulos 10.11.12

LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS - LECTIO DIVINA - JUNHO DE 2011



Chave de Leitura de Mt 10,1-16

1. Para várias comunidades esta Leitura Orante de junho se seguirá após a celebração de Pentecostes. Esta Solenidade foi preparada nas comunidades com a Semana da Unidade que não deixou de refletir sobre a nossa identidade de discípulos de Jesus Cristo e de Católicos.
2. Com esta Leitura Orante sairemos da temática quase que exclusivamente vocacional do discípulo de Jesus, que vínhamos fazendo até agora. Começaremos a rezar com a Palavra de Deus a exigência missionária do ser discípulo. Lembremos o que o Documento de Aparecida que em tantos aspectos fala do ser discípulo e missionário como duas faces de uma mesma moeda.
3. É preciso ir criando nas comunidades cristãs a mentalidade de que Deus não nos chama a ser discípulos de seu Filho, simplesmente para que sejamos melhores que os outros. Ele nos chama e nos ilumina no seu Filho Jesus Cristo para estarmos a serviço dos outros.
4. A Leitura Orante de junho e julho nos fará debruçar sobre o “Discurso Apostólico ou Missionário” do evangelho de Mateus. Os responsáveis por preparar a Leitura Orante devem estar conscientes de que têm uma missão especial de prestar um serviço de chamada à conversão aos irmãos e irmãs das nossas comunidades. É preciso preparar estas Leituras Orantes com espírito profético, pois com elas as comunidades/setores deverão começar sentir um ardor missionário e o desejo de ver experimentar como que a Palavra de Jesus não é somente uma mensagem bonita, mas uma Palavra que se cumpre.
5. Para que a equipe de celebração possa ajudar melhor os irmãos, vamos analisar a estrutura básica do texto:
a) v.1: a missão dos discípulos escolhidos por Jesus, a quem deu uma missão com autoridade. O que significa ter autoridade? Ter autoridade – em síntese – significa ter a capacidade de fazer o outro crescer, de realizar um trabalho de libertação em favor do outro.
b) Os nomes do doze apóstolos. Seria bom que alguém da equipe fizesse uma pesquisa para saber o que se sabe de cada apóstolo e ver que não são iguais, cada um tem a sua personalidade. Veja também que Jesus sempre quer realizar a unidade na diversidade. (vv. 2-4)
c) As recomendações de Jesus na missão:
• vv. 5-6: ir primeiramente aos mais próximos.
• v. 7: proclamar o Reino é o centro do anúncio. os versículos seguintes falam como se realiza concretamente estas coisas.
• v. 8: em primeiro lugar estar a serviço dos que necessitam de libertação
• v.9-10: ter condições financeiras não deve ser pressuposto para iniciar uma obra de evangelização. Muito menos ter garantias em seguranças materiais. Deus é providente para com o seu missionário
• vv.11-15: a missão é levar com a Palavra a PAZ e a BÊNÇÃO. Os que não aceitam a Palavra não são amaldiçoados pelos missionários, mas estes devem ser a tal ponto profetas que indiquem que a Palavra de Vida foi rejeitada.
• v. 16: a consciência que deve ter o discípulo-missionário na missão: “ovelha entre lobos”. É preciso fazer as pessoas refletirem muito sobre esta imagem da prudência da serpente e da simplicidade da pomba. Uma das maneiras de analisar esta imagem é ver que a serpente, na sua prudência, sempre protege a própria cabeça. A cabeça é a fé. A fé tem que ser defendida com veemência, como faz a serpente. A simplicidade da pomba, não é ingenuidade, mas percepção de quem lhe dará algo para vida e não para a morte.

6. O esquema de desenvolvimento desta Leitura Orante é o mesmo dos outros. Entretanto, a equipe de preparação deve preparar uma introdução maior, quase que catequética. É preciso que as pessoas sintam que estamos entrando num outro momento da temática deste ano da Leitura Orante.
7. No momento da partilha seria bom orientar para algumas reflexões específicas:
a) Você já fez a experiência de ter agido com autoridade (fazer o outro crescer) em nome de Jesus?
b) A comunidade dos apóstolos-missionários era diversificada. Você já experimentou alguma vez na comunidade que Jesus realiza a unidade na diversidade?
c) Como tem sido a sua experiência no anúncio de Jesus às pessoas mais próximas de você?
d) Até que ponto você fica limitando a ação evangelizadora com as seguranças materiais? ( Por exemplo, preciso ter dinheiro para poder fazer aquilo...se não tiver uma capela ou um lugar não dá para evangelizar...se eu for evangelizar vou passar necessidade... etc)
e) Como você tem reagido quando a Palavra que você anuncia é rejeitada?
f) Você tem medo de ser ovelha no meio de lobos?
8. Evidentemente que nem todos deverão responder a todas as perguntas no momento da partilha. Estas perguntas são somente indicativas.
9. No momento da CONTEMPLAÇÃO, quando as pessoas em silêncio, vão se comprometendo com a Palavra, alguém da equipe, introduza este momento, animando as pessoas a pensarem concretamente nos lugares de missão que existem na própria comunidade que, na realidade, podem ser comparados com a expressão de Jesus: “Dirigi-vos, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel.”

Chave de Leitura - MAIO





LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS - LECTIO DIVINA
MAIO DE 2011¹

Chave de Leitura de At 22,3-21

1. O Espírito de Cristo ressuscitado renova a face da terra, renova e restaura as pessoas. Dentro deste Tempo pascal que estamos vivendo, continuaremos a refletir na Leitura Orante sobre a nossa condição de discípulos-missionários de Jesus Cristo. Esta perspectiva da Leitura Orante deste ano tem que ser bem frisada nas comunidades e setores. É bom recordar – após este tempo sem Leitura Orante – os passos que devem ser observados e a necessidade do clima de silêncio para que seja realmente um momento de oração.
2. Esta primeira Leitura Orante de maio nos apresenta a vocação do apóstolo Paulo. É importante salientar que neste trecho bíblico é o próprio Paulo que fala da sua experiência vocacional.
a) Em primeiro lugar ele fala de quem ele era e do que estava convencido em sua vida.
b) Fala, então, do seu encontro com Jesus no caminho de Damasco que o fez mudar totalmente de perspectiva.
c) Fala da presença de Ananias que devolve-lhe a visão e lhe fala do chamado de Deus na sua vida.
d) Fala da missão que recebeu de ir pregar aos pagãos, em terras distantes.

3. Estes 4 aspectos citados acima podem iluminar os irmãos no momento da partilha. O discípulo de Jesus sabe da ação dele na sua vida e tem a própria história iluminada pela presença de Jesus. As perguntas abaixo não devem ser impostas para que as pessoas respondam. Pode ser que muitas pessoas ainda não tenham claro o seu caminho como discípulo de Jesus. Não forcem as pessoas a responder estas perguntas.Elas estão aí como orientação. É evidente quem tiver claridade para responder estas perguntas, vai ser um dom para o grupo, pois elas, na realidade, têm consciência de serem discípulas de Jesus.
a) Quem era você antes de ter-se encontrado fortemente com Jesus? O que pensava? O que desejava na sua vida?
b) Quando foi ou foram os seus momentos de forte encontro com Jesus? O que estes momentos trouxeram de novo para sua vida? O que mudou na sua mentalidade?
c) Quem foi ou foram o ou os Ananias da sua vida?
d) Você, hoje, sente algum chamado especial e especifico de Deus na sua vida para a missão na Igreja?
4. Para concluir o momento da oração a equipe responsável pela preparação da Leitura Orante escolha um canto vocacional ou reze o salmo 139 (138) “Senhor, tu me sondas e conheces...”
5. Algumas citações para que os irmãos possam fazer a Leitura Orante em casa:
a) At 9,1-8
b) At 26,9-18
c) Gl 1,11-23
PRODE
Projeto Diocesano de Evangelização



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LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS - LECTIO DIVINA
MAIO DE 2011²

Chave de Leitura de Lc 1,26-37

1. Diz o Documento de Aparecida no número 266: “A máxima realização da existência cristã como viver trinitário de “filhos no Filho” nos é dada na Virgem Maria que, através da sua fé (LC 1,45) e obediência à vontade de Deus (Lc 1,38), assim como por sua constante meditação da Palavra e das ações de Jesus (Lc 2,19.51), é a discípula mais perfeita do Senhor. (...) com sua fé Maria chega a ser o primeiro membro da comunidade dos crentes em Cristo, e também se faz colaboradora no renascimento espiritual dos discípulos. Sua figura de mulher livre e forte, emerge do evangelho conscientemente orientada para o verdadeiro seguimento de Cristo.

2. A segunda Leitura Orante deste mês é sobre esta discípula missionária por excelência, a Virgem Maria. Ó trecho é muito conhecido. Entretanto, convém recordar às pessoas a realidade sócio-religiosa do ambiente da Virgem Maria. José e Maria já possuíam uma situação de verdadeiramente casados. Ela, Maria, aparecer grávida, significava um adultério. As mulheres adúlteras eram apedrejadas. Por este motivo, José, justo, conforme o evangelista Mateus, não quis denunciar Maria. Logicamente quando Maria diz seu sim a Deus, ela sabia da situação que deveria enfrentar.
3. É preciso animar as pessoas do grupo a rezar, tendo diante de si esta figura da obediência da fé de Maria. É preciso questionar as pessoas, pois ser discípulo de Jesus não quer dizer que tudo irá correr ás mil maravilhas. Ser discípulo é arriscar-se para que o novo aconteça.
4. Evidentemente, como conclusão do momento de oração, pode-se cantar algum canto sobre Nossa Senhora.
5. Outras leituras como indicações para a Leitura Orante em casa, em particular:
a) Lc 1,39-45
b) Lc 2, 33-35
c) Lc 2,41-52
d) Jo 2, 1-12
e) Jo 19, 16-27
f) Mt 12,46-50
g) Lc 11,27-28