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terça-feira, 30 de agosto de 2011

A falta que o respeito faz

A cultura moderna, desde os seus albores no século XVI, está assentada sobre uma brutal falta de respeito. Primeiro, para com a natureza, tratada como um torturador trata a sua vítima com o propósito de arrancar-lhe todos os segredos(Bacon). Depois, para com as populações originárias da América Latina.
Em sua “Brevíssima Relação da Destruição das Indias”(1562) conta Bartolomé de las Casas, como testemunho ocular, que os espanhóis “em apenas 48 anos ocuparam uma extensão maior que o comprimento e a largura de toda a Europa, e uma parte da Ásia, roubando e usurpando tudo com crueldade, injustiça e tirania, havendo sido mortas e destruídas vinte milhões de almas de um país que tínhamos visto cheio de gente e de gente tão humana”(Décima Réplica). Em seguida, escravizou milhões de africanos trazidos para as Américas e negociados como “peças” no mercado e consumidos como carvão na produção.
Seria longa a ladainha dos desrespeitos de nossa cultura, culminando nos campos de extermínio nazista de milhões de judeus, de ciganos e de outros considerados inferiores.
Sabemos que uma sociedade só se constrói e dá um salto para relações minimamente humanas quando instaura o respeito de uns para com os outros.
O respeito, como o mostrou bem Winnicott, nasce no seio da família, especialmente da figura do pai, responsável pela passagem do mundo do eu para o mundo dos outros que emergem como o primeiro limite a ser respeitado. Um dos critérios de uma cultura é o grau de respeito e de autolimitação que seus membros se impõem e observam. Surge, então, a justa medida, sinônimo de justiça. Rompidos os limites, vigora o desrespeito e a imposição sobre os demais. Respeito supõe reconhecer o outro como outro e seu valor intrínseco seja pessoas ou qualquer outro ser.
Dentre as muitas crises atuais, a falta generalizada de respeito é seguramente uma das mais graves. O desrespeito campeia em todas as instâncias da vida individual, familiar, social e internacional. Por esta razão, o pensador búlgaro-francês Tzvetan Todorov em seu recente livro “O medo dos bárbaros”(Vozes 2010) adverte que se não superarmos o medo e o ressentimento e não assumirmos a responsabilidade coletiva e o respeito universal não teremos como proteger nosso frágil planeta e a vida na Terra já ameaçada.
O tema do respeito nos remete a Albert Schweitzer (1875-1965), prêmio Nobel da Paz de 1952. Da Alsácia, era um dos mais eminentes teólogos de seu tempo. Seu livro “A história da pesquisa sobre a vida de Jesus” é um clássico por mostrar que não se pode escrever cientificamente uma biografia de Jesus. Os evangelhos contém história mas não são livros históricos. São teologias que usam fatos históricos e narrativas com o objetivo de mostrar a significação de Jesus para a salvação do mundo. Por isso, sabemos pouco do real Jesus de Nazaré. Schweitzer comprendeu: histórico mesmo é o Sermão da Montanha e importa vivê-lo. Abandonou a cátedra de teologia, deixou de dar concertos de Bach (era um de seus melhores intérpretes) e se inscreveu na faculdade de medicina. Formado, foi a Lambarene no Gabão, na Africa, para fundar um hospital e servir a hansenianos. E ai trabalhou, dentro das maiores limitações, por todo o resto de sua vida.
Confessa explicitamente:”o que precisamos não é enviar para lá missionários que queiram converter os africanos mas pessoas que se disponham a fazer para os pobres o que deve ser feito, caso o Sermão da Montanha e as palavras de Jesus possuam algum sentido. O que importa mesmo é, tornar-se um simples ser humano que, no espírito de Jesus, faz alguma coisa, por pequena que seja”.
No meio de seus afazares de médico, encontrou tempo para escrever. Seu principal livro é: "Respeito diante da vida” que ele colocou como o eixo articulador de toda ética. “O bem”, diz ele, “consiste em respeitar, conservar e elevar a vida até o seu máximo valor; o mal, em desrespeitar, destruir e impedir a vida de se desenvolver”. E conclui: "quando o ser humano aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante; a grande tragédia da vida é o que morre dentro do homem enquanto ele vive”.

Como é urgente ouvir e viver esta mensagem nos dias sombrios que a humanidade está atravessando.
(Leonardo Boff,Teólogo/Filósofo, é autor de “Convivência, Respeito, Tolerância”,Vozes 2006.)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Nordeste Andante



Vamos prestigiar!!! Convites a R$20,00
Pontos de Venda: Secretaria Paroquial
Com intuito de angariar fundos para a construção da Casa de Recuperação de Dependentes Quimicos, pedimos a compreensão de todos aqueles que poderiam estar pagando meia entrada, porém por ter fim social não estaremos disponibilizando a mesma, entendemos os direitos de se pagar meia mas o Cunho social é maior!
COLABOREM...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS - LECTIO DIVINA - AGOSTO DE 2011¹



Chave de leitura: Mt 16, 24-28
1. A Lectio Divina ao longo do ano nos vem conscientizando do chamado de Jesus Cristo ao seu discipulado. Discípulo fiel é aquele que segue o Mestre, aprende com Ele e se demonstra disposto a transmitir seu aprendizado ao seu próximo.
2. Neste mês de agosto, mês vocacional, vamos refletir sobre a vocação à vida, mas não uma vida qualquer, e sim a uma vida digna, vida de doação ao próximo, vida de oração. Refletiremos sobre a vocação à vida de cristão batizado, que dá testemunho de fé, para que todos “tenham vida e vida em abundância” (cf. Jo 10, 10).
3. No texto veremos alguns pontos essenciais:
a) Jesus nos convida ao despojamento da vida presente para que, possamos merecer a vida eterna. b) O Senhor nos leva a refletir sobre o confrontar o egoísmo que nos faz desistir do Autor da vida.
c) O verdadeiro discípulo tem a atitude de estar aberto aos ensinamentos de Jesus Cristo e seu agir deve ser fruto da doação total de si mesmo.
4. Para nos auxiliar na meditação, alguns questionamentos:
4.1. Como está meu seguimento da pessoa de Jesus Cristo?
2. A quem ou a que prendo minha vida?
2.1. Estou disposto a renúncias para bem poder vivenciar meu discipulado?
3. O que é a vida para mim?
3.1. Qual a minha compreensão?
3.2. Eu optei pela vida proposta por Jesus Cristo?
4. O que tenho feito em defesa da vida?
4.1. No âmbito da fé?
4.2. No âmbito da política?
4.3. No âmbito da comunidade?
4.4. No âmbito familiar?
5. Como estou me preparando para a Segunda vinda Gloriosa de Jesus?
5.1. É uma preparação verdadeira?
5.2. É uma preparação aberto aos desígnios de Deus?
6. Pouco antes do momento de oração, o presidente da reunião conduza para que todos partilhem de suas experiências – sobre o que foi refletido nessa Lectio Divina – a fim de edificar o grupo, exortando-os a testemunhar sua fé em Jesus Cristo também a toda comunidade – e não só dentro do grupo. E se valendo dessas experiências, conduza a oração acolhendo aos anseios de cada integrante da reunião, deixando um período livre para que todos participem com sua prece espontânea.
7. Como oração final faça-se todos juntos (ou de outra forma, se preferirem) a oração do Salmo 62, que nos diz: “Só de Deus vem a esperança”.
7.1. O presidente conduza a oração final para a esperança na vida nova oferecida por Jesus Cristo.
8. Antes da despedida, faça-se a proposta de incentivo à oração da Leitura Orante em casa, com o seguinte texto bíblico: Mt 7, 21-27.
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Chave de leitura: Jo 15, 9-17
1. Continuando nossa reflexão sobre a vocação à vida, nessa Lectio Divina meditaremos sobre o amor de Deus por nós. Amor esse que nos dá vida, pois como nos diz o texto Sagrado: “Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e deem fruto e que esse fruto não se perca.” (Jo 15, 16)
2. Como vemos, somos escolhidos pelo Senhor da vida não para que nos acomodemos, mas sim, para que nossa vida produza frutos, ou seja, para que anunciemos o Santo Evangelho a nossos irmãos e irmãs.
3. Como auxílio para a meditação:
a) Em que consiste o amor de Deus por nós? Ele exige algo em troca?
b) Minha resposta a esse amor tem sido fiel? Sou sincero com Deus?
c) Tenho produzido frutos para a maior glória de Deus? Minha vida tem sido um fiel testemunho do amor de Deus aos homens?
4. Na oração, aquele (a) que coordena a reunião, busque a harmonia na oração evitando que alguns louvem, outros peçam a intercessão dos santos, que todos neste momento tenham como principal atenção a pessoa de Jesus Cristo como modelo de doação de vida e de amor ao próximo.
5. Após a oração faça-se uma breve instante de silêncio, e após uma partilha visando um compromisso maior com o discipulado de Jesus Cristo. Como auxílio temos:
5.1. Como me vejo a partir dessa Lectio Divina?
5.2. Estou aberto (a) ao Espírito Santo, para que Ele me dê um novo impulso na caminhada?
5.3. Estou disposto (a) a ser discípulo e missionário de Jesus Cristo, anunciando o amor de Deus com minha vida?
6. Como oração final rezemos o Salmo 118 (119), 5-12: “Tua Palavra é lâmpada para meus passos”.
7. Como sugestão de Leitura Orante para ser feita em casa: Jo 10, 1-10.

LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS - LECTIO DIVINA - JULHO DE 2011

Chave de Leitura de Mt 10,17-33

1. Continuaremos neste mês de julho a temática do discípulo missionário com enfoque especial na missão. Devemos sempre nos lembrar que ser discípulo e missionário são duas faces da mesma moeda. Não se pode ser discípulo sem ser missionário e não se pode ser missionário sem a vivência do discipulado.

2. O texto desta Leitura Orante é muito forte, pois fala de uma situação que torna autêntica a missão do discípulo de Jesus: A PERSEGUIÇÃO. Podemos praticamente dizer que se somos perseguidos por causa do nosso seguimento e anúncio de Jesus, estamos sendo verdadeiros missionários. Vimos no mês passado que o Senhor nos envia “como ovelhas no meio de lobos.”

3. Notem que neste texto Jesus não fala da perseguição como uma possibilidade na missão, mas que faz parte dela. Entretanto, é preciso também deixar claro, que Jesus afirma que mesmo na derrota aparente, o discípulo é sempre vitoriosoà versículos 19-20. 31. 32. Estes versículos fazem eco à conclusão do evangelho de Mateus: Mt 28,20.

4. Que os irmãos e irmãs no momento de fazerem a partilha, partilhem as experiências concretas de como se sentem perseguidos por causa da Palavra. Será também uma vitória de Deus se conseguirem falar dos momentos em que fraquejaram por causa da perseguição. Isso é vitória porque a Palavra de Deus sempre nos coloca em caminhada de conversão.

5. É evidente que Deus nos chama a ser discípulos e missionários de seu Filho Jesus Cristo, não para sermos simplesmente perseguidos, mas para que a sua salvação chegue às pessoas. Portanto, que não se deixe de partilhar também os fatos concretos, onde algum irmão ou irmã, perseverando na perseguição, viu a obra da salvação de Deus realizar-se na vida das pessoas e na sociedade.

6. O esquema desta Leitura Orante é normal, com os momentos de cantos e orações.

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LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS - LECTIO DIVINA - JULHO DE 2011²

Chave de Leitura de Mt 10, 34-42
1. Esta Leitura Orante aborda a conclusão do Discurso Apostólico ou Missionário do evangelho de Mateus. Nunca é demais lembrar que discípulo e missionário são duas faces da mesma moeda. O anúncio de Jesus não tem como objetivo provocar discórdias. Contudo, as discórdias necessariamente aparecem, pois o discípulo missionário tem de fazer escolhas exigentes e radicais.

2. As escolhas exigentes e radicais começam já no seio de nossas próprias famílias. É neste sentido que aparece a figura da espada da divisão do v. 34 e a necessidade de colocarmos as exigências de Jesus acima até mesmo dos nossos legítimos afetos familiares e também dos nossos programas pessoais de vida, pois “aquele que ganha a sua vida, a perderá, mas quem perde a sua vida por causa de mim, a ganhará.” (v. 39)

3. Convém notar que os termos “profeta” e “justo” que aparecem no versículo 42, indicam o discípulo missionário.

4. Para a partilha pode-se pedir aos irmãos e irmãs que contem as experiências que tiveram em suas próprias famílias quando alguma vez tiveram que ser radicais por causa do evangelho. Isso é uma sugestão. Deixem sempre as pessoas livres para dizerem o que a Palavra lhes tem falado.

5. Após o momento da ORAÇÃO, pode-se cantar o canto “alma missionária”, que parece que a maioria das comunidades conhece.

6. Sugestões para a Leitura Orante individual que as pessoas podem fazer em casa: Lc 14, 25-35; 2Cor 4,1-12. Para entender melhor as tribulações por causa das exigências do evangelho e da radicalidade do discípulo missionário, vejamos o exemplo de Paulo: 2 Cor capítulos 10.11.12

LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS - LECTIO DIVINA - JUNHO DE 2011



Chave de Leitura de Mt 10,1-16

1. Para várias comunidades esta Leitura Orante de junho se seguirá após a celebração de Pentecostes. Esta Solenidade foi preparada nas comunidades com a Semana da Unidade que não deixou de refletir sobre a nossa identidade de discípulos de Jesus Cristo e de Católicos.
2. Com esta Leitura Orante sairemos da temática quase que exclusivamente vocacional do discípulo de Jesus, que vínhamos fazendo até agora. Começaremos a rezar com a Palavra de Deus a exigência missionária do ser discípulo. Lembremos o que o Documento de Aparecida que em tantos aspectos fala do ser discípulo e missionário como duas faces de uma mesma moeda.
3. É preciso ir criando nas comunidades cristãs a mentalidade de que Deus não nos chama a ser discípulos de seu Filho, simplesmente para que sejamos melhores que os outros. Ele nos chama e nos ilumina no seu Filho Jesus Cristo para estarmos a serviço dos outros.
4. A Leitura Orante de junho e julho nos fará debruçar sobre o “Discurso Apostólico ou Missionário” do evangelho de Mateus. Os responsáveis por preparar a Leitura Orante devem estar conscientes de que têm uma missão especial de prestar um serviço de chamada à conversão aos irmãos e irmãs das nossas comunidades. É preciso preparar estas Leituras Orantes com espírito profético, pois com elas as comunidades/setores deverão começar sentir um ardor missionário e o desejo de ver experimentar como que a Palavra de Jesus não é somente uma mensagem bonita, mas uma Palavra que se cumpre.
5. Para que a equipe de celebração possa ajudar melhor os irmãos, vamos analisar a estrutura básica do texto:
a) v.1: a missão dos discípulos escolhidos por Jesus, a quem deu uma missão com autoridade. O que significa ter autoridade? Ter autoridade – em síntese – significa ter a capacidade de fazer o outro crescer, de realizar um trabalho de libertação em favor do outro.
b) Os nomes do doze apóstolos. Seria bom que alguém da equipe fizesse uma pesquisa para saber o que se sabe de cada apóstolo e ver que não são iguais, cada um tem a sua personalidade. Veja também que Jesus sempre quer realizar a unidade na diversidade. (vv. 2-4)
c) As recomendações de Jesus na missão:
• vv. 5-6: ir primeiramente aos mais próximos.
• v. 7: proclamar o Reino é o centro do anúncio. os versículos seguintes falam como se realiza concretamente estas coisas.
• v. 8: em primeiro lugar estar a serviço dos que necessitam de libertação
• v.9-10: ter condições financeiras não deve ser pressuposto para iniciar uma obra de evangelização. Muito menos ter garantias em seguranças materiais. Deus é providente para com o seu missionário
• vv.11-15: a missão é levar com a Palavra a PAZ e a BÊNÇÃO. Os que não aceitam a Palavra não são amaldiçoados pelos missionários, mas estes devem ser a tal ponto profetas que indiquem que a Palavra de Vida foi rejeitada.
• v. 16: a consciência que deve ter o discípulo-missionário na missão: “ovelha entre lobos”. É preciso fazer as pessoas refletirem muito sobre esta imagem da prudência da serpente e da simplicidade da pomba. Uma das maneiras de analisar esta imagem é ver que a serpente, na sua prudência, sempre protege a própria cabeça. A cabeça é a fé. A fé tem que ser defendida com veemência, como faz a serpente. A simplicidade da pomba, não é ingenuidade, mas percepção de quem lhe dará algo para vida e não para a morte.

6. O esquema de desenvolvimento desta Leitura Orante é o mesmo dos outros. Entretanto, a equipe de preparação deve preparar uma introdução maior, quase que catequética. É preciso que as pessoas sintam que estamos entrando num outro momento da temática deste ano da Leitura Orante.
7. No momento da partilha seria bom orientar para algumas reflexões específicas:
a) Você já fez a experiência de ter agido com autoridade (fazer o outro crescer) em nome de Jesus?
b) A comunidade dos apóstolos-missionários era diversificada. Você já experimentou alguma vez na comunidade que Jesus realiza a unidade na diversidade?
c) Como tem sido a sua experiência no anúncio de Jesus às pessoas mais próximas de você?
d) Até que ponto você fica limitando a ação evangelizadora com as seguranças materiais? ( Por exemplo, preciso ter dinheiro para poder fazer aquilo...se não tiver uma capela ou um lugar não dá para evangelizar...se eu for evangelizar vou passar necessidade... etc)
e) Como você tem reagido quando a Palavra que você anuncia é rejeitada?
f) Você tem medo de ser ovelha no meio de lobos?
8. Evidentemente que nem todos deverão responder a todas as perguntas no momento da partilha. Estas perguntas são somente indicativas.
9. No momento da CONTEMPLAÇÃO, quando as pessoas em silêncio, vão se comprometendo com a Palavra, alguém da equipe, introduza este momento, animando as pessoas a pensarem concretamente nos lugares de missão que existem na própria comunidade que, na realidade, podem ser comparados com a expressão de Jesus: “Dirigi-vos, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel.”

Chave de Leitura - MAIO





LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS - LECTIO DIVINA
MAIO DE 2011¹

Chave de Leitura de At 22,3-21

1. O Espírito de Cristo ressuscitado renova a face da terra, renova e restaura as pessoas. Dentro deste Tempo pascal que estamos vivendo, continuaremos a refletir na Leitura Orante sobre a nossa condição de discípulos-missionários de Jesus Cristo. Esta perspectiva da Leitura Orante deste ano tem que ser bem frisada nas comunidades e setores. É bom recordar – após este tempo sem Leitura Orante – os passos que devem ser observados e a necessidade do clima de silêncio para que seja realmente um momento de oração.
2. Esta primeira Leitura Orante de maio nos apresenta a vocação do apóstolo Paulo. É importante salientar que neste trecho bíblico é o próprio Paulo que fala da sua experiência vocacional.
a) Em primeiro lugar ele fala de quem ele era e do que estava convencido em sua vida.
b) Fala, então, do seu encontro com Jesus no caminho de Damasco que o fez mudar totalmente de perspectiva.
c) Fala da presença de Ananias que devolve-lhe a visão e lhe fala do chamado de Deus na sua vida.
d) Fala da missão que recebeu de ir pregar aos pagãos, em terras distantes.

3. Estes 4 aspectos citados acima podem iluminar os irmãos no momento da partilha. O discípulo de Jesus sabe da ação dele na sua vida e tem a própria história iluminada pela presença de Jesus. As perguntas abaixo não devem ser impostas para que as pessoas respondam. Pode ser que muitas pessoas ainda não tenham claro o seu caminho como discípulo de Jesus. Não forcem as pessoas a responder estas perguntas.Elas estão aí como orientação. É evidente quem tiver claridade para responder estas perguntas, vai ser um dom para o grupo, pois elas, na realidade, têm consciência de serem discípulas de Jesus.
a) Quem era você antes de ter-se encontrado fortemente com Jesus? O que pensava? O que desejava na sua vida?
b) Quando foi ou foram os seus momentos de forte encontro com Jesus? O que estes momentos trouxeram de novo para sua vida? O que mudou na sua mentalidade?
c) Quem foi ou foram o ou os Ananias da sua vida?
d) Você, hoje, sente algum chamado especial e especifico de Deus na sua vida para a missão na Igreja?
4. Para concluir o momento da oração a equipe responsável pela preparação da Leitura Orante escolha um canto vocacional ou reze o salmo 139 (138) “Senhor, tu me sondas e conheces...”
5. Algumas citações para que os irmãos possam fazer a Leitura Orante em casa:
a) At 9,1-8
b) At 26,9-18
c) Gl 1,11-23
PRODE
Projeto Diocesano de Evangelização



_________________________
LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS - LECTIO DIVINA
MAIO DE 2011²

Chave de Leitura de Lc 1,26-37

1. Diz o Documento de Aparecida no número 266: “A máxima realização da existência cristã como viver trinitário de “filhos no Filho” nos é dada na Virgem Maria que, através da sua fé (LC 1,45) e obediência à vontade de Deus (Lc 1,38), assim como por sua constante meditação da Palavra e das ações de Jesus (Lc 2,19.51), é a discípula mais perfeita do Senhor. (...) com sua fé Maria chega a ser o primeiro membro da comunidade dos crentes em Cristo, e também se faz colaboradora no renascimento espiritual dos discípulos. Sua figura de mulher livre e forte, emerge do evangelho conscientemente orientada para o verdadeiro seguimento de Cristo.

2. A segunda Leitura Orante deste mês é sobre esta discípula missionária por excelência, a Virgem Maria. Ó trecho é muito conhecido. Entretanto, convém recordar às pessoas a realidade sócio-religiosa do ambiente da Virgem Maria. José e Maria já possuíam uma situação de verdadeiramente casados. Ela, Maria, aparecer grávida, significava um adultério. As mulheres adúlteras eram apedrejadas. Por este motivo, José, justo, conforme o evangelista Mateus, não quis denunciar Maria. Logicamente quando Maria diz seu sim a Deus, ela sabia da situação que deveria enfrentar.
3. É preciso animar as pessoas do grupo a rezar, tendo diante de si esta figura da obediência da fé de Maria. É preciso questionar as pessoas, pois ser discípulo de Jesus não quer dizer que tudo irá correr ás mil maravilhas. Ser discípulo é arriscar-se para que o novo aconteça.
4. Evidentemente, como conclusão do momento de oração, pode-se cantar algum canto sobre Nossa Senhora.
5. Outras leituras como indicações para a Leitura Orante em casa, em particular:
a) Lc 1,39-45
b) Lc 2, 33-35
c) Lc 2,41-52
d) Jo 2, 1-12
e) Jo 19, 16-27
f) Mt 12,46-50
g) Lc 11,27-28

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Projeto Restaurando Vidas - RECICLAGEM DE ÓLEO

FATOR AMBIENTAL / SOCIAL

Um litro de óleo de cozinha pode contaminar até 1 milhão de litros de água, o equivalente ao consumo de um ser humano por 14 anos. Ao ser jogado no ralo da pia, provoca o entupimento das tubulações e contribui para a proliferação de ratos, baratas e insetos na rede de esgoto.

O óleo de cozinha, que muitas vezes vai para o ralo da pia acaba chegando ao oceano pelas redes de esgoto. Em contato cm a água do mar, esse resíduo líquido, passa por reações químicas e da sua decomposição resulta a emissão de gás metano que é um dos vilões do aquecimento global.

E também provoca nos rios a impermeabilização dos leitos e terrenos adjacentes, fato que contribui para o agravamento das enchentes.

CONSERVAÇÃO E ARMAZENAGEM

Periodicamente, haverá a coleta do óleo já utilizado, não havendo nenhuma necessidade maior, bastando apenas armazená-lo em recipientes (garrafas PET ou outros) e destiná-los a algum ponto de coleta previamente estabelecido.

Um ponto muito importante para uma ideal armazenagem do óleo é não deixar contato com água, pois ela acelera o processo natural de decomposição e com isso aumente a acidez e a umidade do mesmo, por isso o recipiente deve estar devidamente tampado e isolado de água.

OBJETIVOS

O projeto da Coleta foi criado com o objetivo de reciclar óleos vegetais usados, e assim colaborar para evitar que estes resíduos de óleo e gorduras, usados em frituras alimentares, etc., sejam descartados no meio ambiente e com isso consequentemente garantir um destino ecológico e produtivo.

Com essa atitude, além de preservarmos a natureza estaremos contribuindo com a construção da primeira casa de recuperação para dependentes químicos em Olímpia, um serviço de grande necessidade e urgência para nossa cidade "Comunidade Terapêutica Renascer" no Bairro Rural Santa Cruz.

PONTO-DE-COLETA


- Educandário

- Salão Paroquial FENOSSA

- Casa de Apoio Renascer

- C.R.A.S Santa Efigênia e Vila São José

- Salão Comunitário São Francisco de Assis, Cohab II

- Piso Nobre

- Centro Comunitário Santa Rita

- Casa da Eletrecidade

- Convento São Boaventura

- ou ligue 8126-1058 para saber o ponto de coleta mais próximo de você!

UMA QUESTÃO DE CONSCIÊNCIA E NECESSIDADE.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

INSTRUÇÃO SOBRE O FOLHETO LITÚRGICO OU LITURGIA DIÁRIA

Caros irmãos e irmãs, a nossa comunidade como tantas outras ainda é dependente no uso do folheto (uma muleta) nas celebrações. Como vimos nesses dias, podemos e devemos valorizar a Palavra que nos é proclamada, sobretudo, pelo escutar e acolhê-la convenientemente. Então, faremos a seguir uma reflexão de como esse ‘mal necessário’ adentrou nas comunidades e como podemos superá-lo a partir do próximo ano.
No imediato pós Vaticano II, realmente, o folheto foi um ‘mal necessário’. Mas não mais, graças a Deus. A liturgia é categórica ao afirmar que ele não é mal necessário. Realmente ele é desnecessário nas celebrações litúrgicas, quando temos celebrações bem preparadas. O folheto litúrgico foi introduzido nas celebrações logo após o Concílio Vaticano II, após a grande reforma litúrgica, para orientar o povo celebrar melhor até que as mudanças fossem assimiladas e não era intenção que esse perdurasse para sempre como uma muleta. A nossa comunidade, após uma reflexão, amadurecimento e aperfeiçoamento litúrgico, que já vem conseguindo, poderá livrar-se dessa muleta, a qual não queremos que nenhum outro instrumento possa lhe ser similar. Digo, como por exemplo, a liturgia diária. Reflitamos a seguir o porquê.
É bom começarmos lembrando que o que está contido nos livros litúrgicos é para ser proclamado, lido, anunciado, comunicado em voz alta. Ou seja, a comunicação escrita se faz oral. Nada é para ser lido intimamente ou em voz silenciosa. Tudo é para fora, para os outros, tudo é com os outros, em nome dos outros. A comunicação vem escrita, passa pela voz, pelo uso correto do microfone, mesmo que seja uma comunicação ‘apoiada’ no folheto escrito ou no mural.
Donde vem a mais elementar das conclusões: ler em silêncio enquanto outro proclama um texto, seguir em silêncio uma leitura que está sendo proclamada em voz alta para toda a assembleia, não é o gesto realmente litúrgico de quem celebra uma festa. Ouvir, acolher pelo silêncio de escutar, estar atento ao que o outro anuncia, lê e proclama, esta é a mais autêntica atitude litúrgica de uma assembleia diante de um texto. Quantas comunidades sabem muito mais seguir uma leitura do que ouvir a palavra? Além de ser “deseducado” acompanhar a proclamação de um texto que é lido exatamente para a gente ouvir. Implicitamente nossa atitude já diz: já que ele não sabe ler, vou ler individualmente, para mim mesmo!
Uma comunidade que sabe se encontrar, que sabe ouvir, que sabe fazer silêncio, que curte a Palavra em sua vida, que participa assiduamente da celebração, dispensa facilmente um folheto ou qualquer outro periódico. Qualquer escravidão, dependência, ou opressão, dificulta a arte de festejar e impede a espontaneidade de celebrar. Talvez hoje, por variadas razões, se viva em nossas comunidades a opressão dos folhetos ou se troca por outros periódicos. Não se sabe celebrar com as mãos livres, ou melhor, não sabe o que fazer com as mãos ao celebrar.
Caros irmãos e irmãs, a celebração litúrgica acontece no encontro festivo dos que creem no Senhor Jesus e afirmam sua memória na alegria do encontro de irmãos. Portanto, este encontro se dá na acolhida de sua Palavra, na participação de sua mesa e graça e se fortalece para dar testemunho dela na, pela e com a vida cotidiana.
Toda liturgia deveria ser uma festa. Festa que vai desde a mais complexa – enriquecida com todos os elementos de quem tem direito – até a mais simples e despojada, ou seja, da refeição na família. Almoço de Domingo e dia de festa não é refeição do dia-a-dia. E, ambos, devem ser festa de encontro. Assim também a celebração eucarística dominical não é a celebração de um dia de semana comum. Mas é sempre festa.
Por isso mesmo, ela não comporta a leitura individualista e silenciosa. Ela é partilha da Palavra pela escuta atenta, piedosa e acolhedora, que lhe vem na voz e na interpretação daquele que lê, proclama, convoca, aclama. Ouvir é tão ou até mais participativo do que falar, pois significa mais unidade e comunhão de coração, de atenção, de carinho. Tanto assim que o serviço de leitor na liturgia é um verdadeiro ministério a serviço da comunidade e da Palavra.
Quantos são os que se põem a ler durante o ministério da leitura proclamada para todos? Quantos deixam de lado o folheto para ouvir a Palavra comunicada de viva voz? Tem-se, às vezes, a impressão de estar num restaurante onde cada um faz sua própria refeição e nem está aí para com os outros.
Enfim, há que distinguir para bem discernir: o grau de evangelização da comunidade, o nível de sua participação litúrgica, o conhecimento e iniciação da Palavra, a catequese litúrgica da paróquia, o sistema de som, a capacidade de comunicação dos presbíteros e ministros da Palavra, o espaço físico da festa. Este complexo de exigências pode levar ao ideal de dispensar o folheto, como já o fizemos e também que o periódico “Liturgia Diária” não o venha substituí-lo, usando apenas o recurso mais viável para a nossa comunidade: leitores capacitados, som excelente e projetor de multimídia para cantos e outras respostas; pois, a comunidade que sabe se encontrar, que sabe ouvir, que sabe fazer silêncio, que curte a Palavra em sua vida, que participa assiduamente da celebração, dispensa facilmente e com alegria estas muletas. Qualquer escravidão, dependência, ou opressão, dificulta a arte de festejar e impede a espontaneidade de celebrar..
Pois bem, a nossa comunidade tem condições, capacidade e os requisitos necessários para bem celebrar sem a dependência de qualquer um periódico como já o experimentamos. Não me leve a mal. Mas liberte-se também. Use a Liturgia Diária em casa, no dia-a-dia, medite as leituras do dia antes de vir para a celebração. Isso o ajudará a compreender melhor que o Senhor nos revela na sua Palavra. Use-a ainda nas missas semanais para acompanhar as orações eucarísticas ou até cantos, mas nunca para acompanhar as leituras na hora da proclamação.
Na condição de pároco e primeiro catequista e orientador da Comunidade, despeço-me com um abraço fraterno.
Seu irmão menor em Cristo Jesus,
Frei Fernando Aparecido dos Santos, OFM.
PS – Em tempo, seja um membro atuante da nossa pastoral litúrgica.

Como falar bem em Público - CURSO DE ORATÓRIA

Razões para se falar bem:
- A boa comunicação faz a diferença, em todas as áreas;
- Quem fala bem em público é mais valorizado, reconhecido e admirado;
- Melhorar a comunicação eleva a auto-estima;
- A boa comunicação é característica importante para o sucesso;
- O vendedor de sucesso, normalmente, é um bom comunicador;
- Quem fala bem passa credibilidade, inspira confiança;
- Falar bem ajuda na conquista do emprego (principalmente na entrevista) e favorece a ascensão profissional.

Curso de Oratória com João Elias, considerado um dos melhores professores de oratória do país. Administrador de Empresas, Fundador e Diretor do ICP - Instituto de Capacitação Profissional, escritor, professor e palestrante. Foi idealizador e apresentador do Programa "Motivação e Crescimento" (Tv Séc. 21).
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DATA: Dias 30 e 31/08
HORÁRIO: das 19h30 às 22h30
LOCAL: Paróquia Nossa Senhora Aparecida / Salão Paroquial FENOSSA.
TAXA: R$ 30,00 - incluso Livro de Oratória
INSCRIÇÕES: Até 27/08 com direito ao certificado de participação.

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- Como desenvolver suas potencialidades e superar limites para o sucesso;


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- Como dominar o medo de falar em público;


- Pilares para se tornar um bom palestrante;


- Como elaborar e apresentar uma palestra;


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- Expressão corporal - a importância dos gestos na qualidade da fala.


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quinta-feira, 21 de julho de 2011

CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO DÍZIMO

com João Elias


DÍZIMO - FONTE DE BÊNÇÃOS

O dízimo é uma grande fonte de bênçãos para o dizimista, para sua família e para a vida da comunidade paroquial.
Por desconhecer biblicamente o dízimo, muitos católicos resistem a este gesto concreto de fidelidade a Deus. Todas as vezes em que preferimos opinar sobre as coisas de Deus com uma avaliação meramente humana, nos distanciando dos critérios bíblicos, corremos o risco de neutralizar o aspecto espiritual.

O DIZIMISTA É O PRIMEIRO BENEFICIÁRIO DA FIDELIDADE A DEUS!

De uma vez por todas, o dízimo não é invenção da Igreja. Portanto, não é um pedido de socorro financeiro dos padres. O dízimo é bíblico, é uma orientação de Deus, É dever de todo cristão seguir fielmente, colocar em prática a Lei de Deus. Vejamos esta orientação em Dt 6,25: “Seremos, pois, tidos por justos, se tivermos cuidado de nos conformar a toda esta lei diante do Senhor, nosso Deus, como ele no-lo mandou”. A Lei é para ser cumprida. Isso vale para as orientações bíblicas, na ordem espiritual, como também na ordem temporal.
Quando falamos do dízimo como “Fonte de bençãos” é preciso uma observação. Algumas pessoas reduzem o dízimo a uma mera relação com o dinheiro e, portanto, uma oportunidade de receber de uma bênção especial sobre todos os seus bens.






Não! É preciso estabelecer que o dízimo é muito mais do que uma relação com o dinheiro.






Torna-se dizimista com a intenção de receber de Deus algo em troca, uma Bênção e proteção nas questões materiais é, no mínimo, desqualificar o dízimo, neutralizando o loda espiritual e ascentuando a negociação: “eu dou, logo recebo”.





Visão pequena e mercantilista sobre o dízimo.





A bênção de Deus é plena em nossas vidas, envolvendo-nos por completo
Dízimo é um sinal de compromisso de fidelidade com Deus, com a Igreja e com os pobres. Jesus, na sua bondade infinita, instituiu a sua Igreja, para ela evangelizar, catequizar, servir e santificar.
E para que ela possa desempenhar a sua vocação evangelizadora no mundo, necessita de recursos materiais e esses recursos devem provir de nós, seus filhos, que somos e formamos a Igreja viva de Cristo aqui na terra. Com o dízimo você ajuda a transformar a Igreja para que ela seja cada vez mais unida e fraterna, a fim de que possa cumprir sua missão evangelizadora como Jesus a quer.
O Dízimo tem uma forte dinâmica evangelizadora. O cristão que oferece livre e responsavelmente seu Dízimo, aprende a se tornar verdadeiro ser humano, numa relação de fé e de confiança em Deus, de partilha e de solidariedade com os irmãos e irmãs, de respeito aos bens da criação e de cultivo de sua interioridade.

Oração do dizimista
Senhor!
Fazei que eu seja um dizimista consciente, que cada dízimo que eu der, seja um verdadeiro agradecimento, um ato de amor, o reconhecimento de tua bondade para comigo. Sei que tudo que tenho de bom vem de ti: paz, saúde, amor, prosperidade, bens... Ajudai-me a dar com liberdade e justiça. Tirai todo o egoísmo e individualismo do meu coração. Que possa amar cada vez mais o meu irmão. Quero ser instrumento de paz e amor em tuas mãos! Que o meu dízimo seja agradável a ti, Senhor!
Amém!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

São Cristovão

(fonte:http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=25&Mes=7)
A devoção a são Cristóvão é uma das mais antigas e populares da Igreja, tanto do Oriente como do Ocidente. São centenas de igrejas dedicadas a ele em todos os países do mundo. Também não faltam irmandades, patronatos, conventos e instituições que tomaram o seu nome, para homenageá-lo. Ele consta da relação dos "quatorze santos auxiliadores" invocados para interceder pelo povo nos momentos de aflições e dificuldades. Assim, o vigor desta veneração percorreu os tempos com igual intensidade e alcançou os nossos dias da mesma maneira.

Entretanto são poucos os dados precisos sobre sua vida. Só se tem conhecimento comprovado de que Cristóvão era um homem alto e musculoso, extremamente forte. Alguns escritos antigos o descrevem como portador de "uma força hercúlea". Pregou na Lícia e foi martirizado, a mando do imperador Décio, no ano 250. Depois disso, as informações fazem parte da tradição oral cristã, propagada pela fé dos devotos ao longo dos tempos, e que a Igreja respeita.

Ela nos conta que seu nome era Réprobo e que nasceu na Palestina. Como um verdadeiro gigante Golias, não havia quem lhe fizesse frente em termos de força física. Assim, só podia ter a profissão que tinha: guerreiro. Aliás, era um guerreiro indomável e invencível. A sua simples presença era garantia de vitória para o exército do qual participasse.

Conta-se que, estando cansado de servir aos caprichos de um e outro rei, apenas porque fora contratado para lutar em seu favor, foi procurar o maior e mais poderoso de todos, para servir somente a este. Então, ele se decidiu colocar a serviço de satanás, pois não havia quem não se curvasse de medo ao ouvir seu nome.

Mas também se decepcionou. Notou que toda vez que seu chefe tinha de passar diante da cruz, mudava de caminho, evitando o encontro com o símbolo de Jesus. Abandonou o anjo do mal e passou, então, a procurar o Senhor. Um eremita o orientou a praticar a caridade para servir ao Todo Poderoso como desejava, então ele abandonou as armas imediatamente. Integrou-se a uma instituição de caridade e passou a ajudar os viajantes. De dia ou de noite, ficava às margens de um rio onde não havia pontes e onde várias pessoas se afogaram por causa da profundidade, transportando os viajantes de uma margem à outra.

Certo dia, fez o mesmo com um menino. Mas conforme atravessava o rio, a criança ia ficando mais pesada e só com muito custo e sofrimento ele conseguiu depositar com segurança o menino na outra margem. Então perguntou: "Como pode ser isso? Parece que carreguei o mundo nas costas". O menino respondeu: "Não carregou o mundo, mas sim seu Criador". Assim Jesus se revelou a ele e o convidou a ser seu apóstolo.

O gigante mudou seu nome para Cristóvão, que significa algo próximo de "carregador de Cristo", e passou a peregrinar levando a palavra de Cristo. Foi à Síria, onde sua figura espetacular e nada normal chamava a atenção e atraía quem o ouvisse. Ele, então, falava do cristianismo e convertia mais e mais pessoas. Por esse seu apostolado foi denunciado ao imperador Décio, que o mandou prender. Mas não foi nada fácil, não por causa de sua força física, mas pelo poder de sua pregação.

Os primeiros quarenta soldados que tentaram prendê-lo converteram-se e por isso foram todos martirizados. Depois, quando já estava no cárcere, mandaram duas mulheres, Nicete e Aquilina, à sua cela para testar suas virtudes. Elas também abandonaram o pecado e batizaram-se, sendo igualmente mortas. Foi quando o tirano, muito irado, mandou que ele fosse submetido a suplícios e em seguida o matassem. Cristóvão foi, então, flagelado, golpeado com flechas, jogado no fogo e por fim decapitado.

São Cristóvão é popularmente conhecido como o protetor dos viajantes, assim como dos motoristas e dos condutores.

Portanto na missa do dia 24 de Julho às 19h na Igreja Matriz de Nossa Senhora Aparecida daremos a bênção aos Motoristas e Veículos, celebre conosco.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A Festa de Corpus Christi


A festa de Corpus Christi nos recorda que, no projeto de Deus, ninguém pode passar necessidades material nem espiritual.
Na criação, Deus providenciou primeiro todas as coisas das quais necessitaríamos para a vida corporal e, depois que viu que todas as coisas eram boas, Ele: “Fez o homem à sua imagem e semelhança”. Da mesma forma que, como seres humanos, precisamos do alimento material; como “imagens de Deus”, nós temos necessidade do alimento espiritual.
No seu Evagelho João nos conta a promessa que Jesus faz da instiuição da Eucaristia.
No milagre da multiplicação dos pães Jesus nos recorda que "O pão material matava a fome do corpo por umas horas e depois tinha fome novamente. O pão que Ele
dará acaba com a fome e a sede para sempre."
A indagação maior é quando Jesus diz: - “A minha carne é comida e o meu sangue é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna”.
Eles não entenderam nem aceitaram as palavras de Jesus e foram embora.
E hoje será que nós O entendemos?
Será que ao comungarmos assumimos compromisso de aprender e anunciar aquilo que Jesus nos oferece?
A festa de Corpus Christi nos lembra da necessidade de vivermos em comunidade,
de partilharmos o que temos com os irmãos, conseguirmos que não falte o necessário para sua subexistencia.












Cinquentenário da Mater et Magistra






José Lisboa Moreira de Oliveira
Filósofo, teólogo, escritor e professor universitário







No dia 15 de maio de 2011 celebramos o cinquentenário da publicação da Carta
Encíclica Mater et Magistra (MM) do Bem-aventurado João XXIII.

Trata-se, sem dúvida alguma, de uma das grandes preciosidades que nos deixou este magnífico
papa.


A riqueza desta encíclica está sobretudo em ter reconhecido, depois de tantos séculos de esquecimento, que não cabe à Igreja cuidar apenas da “santificação das almas”. É também seu dever preocupar-se “com as necessidades cotidianas dos homens, não só as que dizem respeito à subsistência e às condições de vida, como as que se referem ao seu bem-estar e à sua prosperidade, sob todas as formas que possam assumir com o progresso dos tempos” (MM, 3).
O contexto histórico no qual a encíclica foi publicada era preocupante. Havia a
guerra fria entre a extinta União Soviética e os Estados Unidos, com o sério perigo de
uma guerra nuclear.


Estava no auge a teoria desenvolvimentista, segundo a qual o progresso iria sanar todos os problemas sociais. Por outro lado, tornava-se cada vez mais visível a pobreza e a miséria no mundo, resultado da exploração dos países em desenvolvimento por parte dos países ricos. Na América Latina imperava a chamada “Aliança para o Progresso”, através da qual os Estados Unidos procuravam manter o controle dos povos deste continente por meio de um assistencialismo desumano e desrespeitoso. Por meio da “Aliança para o Progresso” eles faziam chegar até nós, como ajuda, os “restos” daquilo que nem os porcos ianques queriam.
Ainda na América Latina havia uma grande efervescência democrática e um crescimento da esquerda, particularmente motivados pela revolução cubana.
Efervescência essa que logo depois será truncada pelos diversos e violentíssimos golpes militares que espalharam terror, tortura e mortes por todo o continente.
Líderes como Che Guevara e Camilo Torres animavam as lutas por reformas profundas e os anseios de verdadeira libertação de nossos povos. Dentro da Igreja, a Ação Católica motivava e preparava os leigos e as leigas para uma atuação decisiva através do seu método pautado por três dimensões: ver, julgar e agir.
Neste contexto João XXIII brindava a humanidade com a sua encíclica Mater et Magistra. O documento é dividido em quatro partes. Na primeira, o papa retoma os principais elementos do ensinamento social da Igreja, de Leão XIII a Pio XII.
Conclui essa primeira parte afirmando a necessidade de precisar e dar mais clareza a esse tipo de ensinamento social, tendo presente os graves problemas sociais que atormentavam o mundo naquele momento (MM, 50). Na segunda parte, João XXIII faz as precisações doutrinárias, esclarecendo temas como iniciativa privada, a intervenção do Estado, a complexidade da estrutura social, as vantagens e desvantagens do progresso, o salário do trabalhador, desigualdades e injustiças, relação entre progresso econômico e progresso social, o papel da empresa, a participação dos trabalhadores na empresa, a questão da propriedade. Já nesta
segunda parte encontramos uma verdadeira mineira que, apesar do tempo, conservam toda a sua atualidade. Para confirmar isso basta a seguinte afirmação: os Estados precisam promover “uma política econômica e social que facilite o mais amplo acesso à posse privada de bens não facilmente perecíveis, de uma casa, de uma terra para cultivação, das ferramentas necessárias ao artesanato ou à exploração familiar da terra, de ações de empresas grandes e médias, como ocorre, com êxito, em certos países econômica e socialmente mais desenvolvidos” (MM, 115).
Na terceira parte da encíclica o papa enfrenta aqueles que então ele considerava novos aspectos da questão social. O problema das relações entre agricultura e outros setores, com destaque para o êxodo rural. A política rural, especialmente no que diz respeito ao crédito, ao seguro social e a previdência para os trabalhadores rurais, a proteção dos preços agrícolas, cooperativismo, justa
repartição dos bens. Para João XXIII os bens da terra devem estar a serviço do ser humano. Por essa razão, acreditava ele, é indispensável a cooperação internacional, uma vez que muitos problemas mundiais ultrapassam as fronteiras de cada país e ganham dimensões globais (MM, 200-202).
Na quarta e última parte da encíclica, João XXIII oferece algumas diretrizes pastorais para a ação evangelizadora da Igreja. Partindo do princípio de que Deus é o fundamento necessário de uma ordem de justiça, o papa propõe em primeiro lugar que se cuide da formação e da educação dos católicos acerca dos princípios sociais cristãos. Em seguida apresenta a base da ação social dos cristãos, enfatizando o papel dos leigos e das leigas. Insiste para que os leigos e as leigas não sejam afastados dos compromissos diretos com as questões sociais, mas, pelo contrário, sua atuação direta na sociedade e nas tarefas “temporais” deve “ser intensificada e levada a termo
com sempre maior empenho” (MM, 254).


A isso dá um a justificativa bíblicoteológica dizendo que Jesus não pediu ao Pai que os seus seguidores fossem tirados do mundo, mas que fossem livres do mundo (cf. Jo 17,15). Assim sendo, conclui o papa, “seria falso imaginar uma oposição, desde que a conciliação é possível, entre a perfeição pessoal e os negócios da vida presente, como se a tendência à perfeição
cristã excluísse, necessariamente, o exercício das atividades temporais, ou como se a
aplicação a esses negócios não pudesse ser feita sem dano para a dignidade do homem e do cristão” (MM, 255).
Relendo a Mater et Magistra cinquenta anos depois, constatei a sua extrema atualidade. Valeria a pena, mesmo depois de tanto tempo, retomar o próprio conselho do papa, segundo o qual este documento não deveria ser apenas meditado, mas colocado em prática (MM, 261). Pena que estejamos vivendo um tenebroso inverno na Igreja Católica e que a força do gelo e do frio esteja ocultando preciosidades como essas.


De fato, quase não se vê nenhum evento celebrativo do cinquentenário da encíclica, exceto algumas iniciativas isoladas. Por parte do Vaticano e das conferências episcopais não se nota nenhuma grande iniciativa e nenhum incentivo a comemorar esta data e muito menos uma indicação para que se volte à meditação e à prática do documento.
É lamentável que isso esteja acontecendo, pois a Igreja, além de perder uma oportunidade para evangelizar, deixa de contribuir significativamente para o crescimento da justiça social no mundo. Certamente a meditação e a celebração dos cinquenta anos da Mater et Magistra trariam mais benefícios para a evangelização dos que certos pronunciamentos da hierarquia sobre determinados temas.


Pronunciamentos estes que, como já estamos cansados de saber, o povo não escuta mais e não leva mais a sério. Talvez escutasse se a Igreja não se omitisse diante de tantas outras questões como aquele da justiça social. De fato, diz o bem-aventurado João XXIII, citando o apóstolo Paulo, quem é “filho da luz” (Ef 5,8) “percebe, sem dúvida, com maior nitidez, as exigências da justiça nos vários setores da atividade humana, mesmo onde são maiores as dificuldades geradas por um apego imoderado de tantos homens aos próprios interesses, à própria pátria ou à própria raça” (MM, 257).
Porém, lembra ainda o papa, para que haja essa sensibilidade cristã é indispensável que a Igreja cuide seriamente da formação dos cristãos e das cristãs acerca da justiça social. Mas para que haja formação séria é fundamental a escolha de um método. Não valem quaisquer métodos, especialmente aqueles arcaicos e escolásticos. Por isso, segundo João XXIII, o melhor método para a formação nos princípios da justiça social é aquele que depois foi consagrado pela Igreja latinoamericana: conhecer a situação concreta, examinar essa realidade à luz da Palavra e
da doutrina da Igreja e, por fim, agir “de acordo com as circunstâncias de tempo e de
lugar. Essas três etapas são comumente expressas pelas palavras ver, julgar, agir”
(MM, 236).


Segundo o papa, é necessário “que os jovens, não só conheçam esse método, mas o empreguem, concretamente, na medida do possível, a fim de que os princípios adquiridos não permaneçam para eles no campo das ideias abstratas, mas sejam traduzidos na prática” (MM, 237).
Um dos sinais mais evidentes do inverno tenebroso da atual Igreja, especialmente aqui na América Latina, é o aborto progressivo deste método.
Documentos recentes dos episcopados e das Igrejas locais revelam a intenção premeditada de enterrar definitivamente este precioso legado consagrado por um documento tão valioso do Magistério da Igreja.
É triste constatar o recuo evidente dos eclesiásticos nesta questão. E mais triste ainda é perceber quanto bem deixam de fazer com esse retrocesso. Porém, devemos conservar a esperança, sabendo que ninguém é dono Espírito de Deus que age “conforme ele quer” (1Cor 12,11). Quem sabe, de repente, o Paráclito pode suscitar um novo Pentecostes na Igreja, enviando-nos alguém como João XXIII, capaz de sacudir a poeira de conservadorismo amontoada nos ambientes eclesiásticos.
Alguém que traga mais liberdade para dentro da Igreja, uma vez que “Cristo nos libertou para que sejamos verdadeiramente livres” (Gl 5,1). E “ninguém aprende a viver bem em liberdade, a não ser procurando usar bem da liberdade” (MM, 232).
Vale, pois, concluir este breve texto com mais algumas palavras de João XXIII, que
podem muito bem ser aplicadas também à situação atual da Igreja: o contraste entre
“a perfeita dignidade dos perseguidos e a refinada crueldade dos perseguidores, se
não fez com que estes caíssem em si, tem levado, entretanto, muitos homens à
reflexão” (MM, 216). Portanto, vamos refletir bastante e estimular outros a fazerem a
mesma coisa, pois “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”




(Geraldo Vandré)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

"Nós estamos aqui reunidos, como estavam em Jerusalém"

Celebramos neste final de semana em Unidade a Solenidade de Pentecostes na Paróquia São Benedito em Barretos com toda a Diocese.
Durante a homilia nosso Bispo, Dom Edmilson, nos recordou que o que todos estávamos fazendo ali nada mais era do que aquilo que os apóstolos de Jesus fizeram em Jerusalém, como dizia a música de abertura da celebração: “Nós estamos aqui reunidos como estavam em Jerusalém”.
Dom Edmilson ainda lembrou que ninguém pode dizer que é seguidor de Cristo se não vive em comunidade, e que para se viver em comunidade é preciso haver UNIDADE, a comum unidade entre os fiéis, sacerdotes e religiosos.
Após a homilia foi feito o momento da renúncia, onde cada um com sua vela acesa renunciou aquilo que nos afasta da vida em unidade: a preguiça, a inveja, a soberba; e com a vela acesa mostramos que somos cristãos, professando uma só fé.
O Cristo enviou o Espirito Santo Paráclito para nos dar força em nossa caminhada, e é assim que devemos sair de todas as missas renovados para a nossa caminhada!

*fotos Milton Figueiredo

terça-feira, 19 de abril de 2011

AUTO DA PAIXÃO DE CRISTO EM OLIMPIA – IV EDIÇÃO – DIA 22 DE ABRIL DE 2011, AS 20H00 NO RECINTO DO FOLCLORE


“Pois Deus amou tanto o mundo que Deu Seu Filho Único, para que todo o que crer Nele não morra, mas tenha vida eterna.” (Jo 3,16)





A Associação Cultural Anástasis, que é vinculada com a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, e apoiada pelas Paróquias de Olímpia, realiza desde o ano de 2008, no Recinto do Folclore, o Auto da Paixão de Cristo na Cidade.


Que tem contado a cada ano com um número crescente de fiéis e gostaria de contar com a sua presença no próximo dia 22 de Abril às 20 horas na Praça de Atividades Folclóricas Prof° José Sant’Anna, conhecido como Recinto do Folclore, para que a cada edição possamos estar levando o Cristo amoroso que morreu para nos salvar e que ressuscitou para conosco ficar.


Para melhor conhecerem como foi elaborado e nosso objetivo com tal auto, segue nas próximas linhas o nosso Projeto de Mídia:






Descrição





O espetáculo consta da encenação de uma das histórias mais difundidas e conhecidas; a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.





O texto tem fundamentação nos evangelhos encontrados na bíblia e nas tradições orais passadas de geração em geração. Consta de uma hermenêutica própria e é adaptado a uma linguagem mais próxima do expectador.
A encenação, gratuita e aberta a todos os públicos, tem classificação livre e acontece anualmente na arena da praça de atividades folclóricas professor José Sant’Anna – Recinto do Folclore – na cidade de Olímpia, datada no feriado da Sexta Feira da Paixão.





No Local o expectador encontra infra-estrutura básica, com praça de alimentação e sanitários, alem de estacionamentos abertos.
Anualmente o publico tem crescido e em média 8 mil pessoas, oriundas de Olímpia e Região, encontram-se presentes para o espetáculo que é considerado um dos maiores espetáculos teatrais da região, não só em numerário de publico como também de atores, já que contamos com aproximadamente 150 atores.
Tal espetáculo é produzido pela Associação Cultural Anástasis – Artes Cênicas e Solidariedade, uma associação sem fins lucrativos que conta com o patrocínio e o apoio das empresas olimpienses para produzir tal espetáculo que engrandece a cultura de nossa cidade, fazendo com que Olímpia destaque-se na região.


Breve Histórico

A encenação do Auto da Paixão de Cristo acontece há 10 anos.





Inicialmente surgiu como uma apresentação teatral de rua. Era inicialmente planejado um trajeto pelas ruas de nossa cidade, em pontos específicos montados pequenos palcos e na semana em que se comemora a Páscoa, era encenado nestes pontos o teatro.
O publico aumentava a cada ano e como as ruas já não comportavam a quantidade de pessoas dando-lhes campo de visão da encenação, optou-se por fazê-lo na arena do recinto do folclore que comporta cerca de 8 mil pessoas.





Assim desde 2008 acontece a peça teatral na arena deste recinto. Em 2011, portanto, ocorre a quarta edição do auto da Paixão de Cristo em Olímpia, com aspecto de teatro de Arena.

Publico Estimado e Perfil do Público

O publico estimado, em média, é de 8 mil pessoas e tende a aumentar a cada ano, com base em edições anteriores, há abrangência de todas as idades com maior concentração do publico adulto, oriundo do município e região.



Tempo de Duração da peça teatral

Em média a encenação deste Auto apresenta 90 minutos.

Objetivo

Valorizar e fomentar o nível cultural, principalmente por parte da população, levando até o expectador cultura gratuita e de qualidade, alem da transmissão de valores morais e cívicos. Enaltecer o nome e a cultura de nossa cidade, fazendo-a destacar-se entre as demais cidades da região.

Financiamento

Para a Realização deste espetáculo contamos com donativos e patrocínios das empresas de nossa cidade e da população que compreendem a importância da cultura na vida de um povo e a influencia que a mesma exerce dentro, inclusive, dos meios comerciais.
Através da colaboração destas empresas conseguimos suprir quase todo o gasto gerado para a realização do evento, outro recurso utilizado é a praça de alimentação montada durante o mesmo para a complementação da renda.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A doença chamada homem

Leonardo Boff Teólogo/Filósofo





Esta frase é de F. Nietzsche e quer dizer: o ser humano é um ser paradoxal, são e doente: nele vivem o santo e o assassino. Bioantropólogos, cosmólogos e outros afirmam: o ser humano é, ao mesmo tempo, sapiente e demente, anjo e demônio, dia-bólico e sim-bólico.

Freud dirá que nele vigoram dois instintos básicos: um de vida que ama e enriquece a vida e outro de morte que busca a destruição e deseja matar.

Importa enfatizar: nele coexistem simultaneamente as duas forças.

Por isso, nossa existência não é simples mas complexa e dramática.

Ora predomina a vontade de viver e então tudo irradia e cresce.

Noutro momento, ganha a partida a vontade de matar e então irrompem violências e crimes como aquele que ocorreu recentemente.

Podemos superar esta dilaceração no humano? Foi a pergunta que A. Einstein colocou numa carta de 30 de julho de 1932 a S. Freud:”Existe a possibilidade de dirigir a evolução psíquica a ponto de tornar os seres humanos mais capazes de resistir à psicose do ódio e da destruição”? Freud respondeu realisticamente:”Não existe a esperança de suprimir de modo direto a agressividade humana. O que podemos é percorrer vias indiretas, reforçando o princípio de vida (Eros) contra o princípio de morte(Thanatos). E termina com uma frase resignada:”esfaimados pensamos no moinho que tão lentamente mói que poderemos morrer de fome antes de receber a farinha”. Será este o nosso destino? Por que escrevo isso tudo? É em razão do tresloucado que no dia 5 abril numa escola de um bairro do Rio de Janeiro matou à bala 12 inocentes estudantes entre 13-15 anos e deixou 12 feridos.

Já se fizeram um sem número de análises, foram sugeridas inúmeras medidas como a da restrição da venda de armas, de montar esquemas de segurança policial em cada escola e outras. Tudo isso tem seu sentido. Mas não se vai ao fundo da questão.

A dimensão assassina, sejamos concretos e humildes, habita em cada um de nós. Temos instintos de agredir e de matar. É da condição humana, pouco importam as interpretações que lhe dermos. A sublimação e a negação desta anti-realidade não nos ajuda. Importa assumi-la e buscar formas de mantê-la sob controle e impedir que inunde a consciência, recalque o instinto de vida e assuma as rédeas da situação.

Freud bem sugeria: tudo o que faz criar laços emotivos entre os seres humanos, tudo o que civiliza, toda a educação, toda arte e toda competição pelo melhor, trabalha contra a agressão e a morte. O crime perpretado na escola é horripilante. Nós cristãos conhecemos a matança dos inocentes ordenada por Herodes. De medo que Jesus, recém-nascido, mais tarde iria lhe arrebatar o poder, mandou matar todas as crianças nas redondezas de Belém.

E os textos sagrados trazem expressões das mais comovedoras:”Em Ramá se ouviu uma voz, muito choro e gemido: é Raquel que chora os filhos e não quer ser consolada porque os perdeu”(Mt 2,18). Algo parecido ocorreu com os familiares das vítimas. Esse fato criminoso não está isolado de nossa sociedade. Esta não tem violência. Pior. Está montada sobre estruturas permanentes de violênca. Aqui mais valem os privilégios que os direitos. Marcio Pochmann em seu Atlas Social do Brasil nos traz dados estarrecedores: 1% da população (cerca de 5 mil famílias) controlam 48% do PIB e 1% dos grandes proprietários detém 46% de todas as terras. Pode-se construir uma sociedade de paz sobre semelhante violência social? Estes são aqueles que abominam falar de reforma agrária e de modificações no Código Florestal. Mais valem seus privilégios que os direitos da vida.

O fato é que em pessoas pertubadas psicologicamente, a dimensão de morte, por mil razões subjacentes, pode aflorar e dominar a personalidade. Não perde a razão. Usa-a a serviço de uma emoção distorcida. O fato mais trágico, estudado minuciosamente por Erich Fromm (Anatomia da destrutividade humana, 1975) foi o de Adolf Hittler. Desde jovem foi tomado pelo instinto de morte. No final da guerra, ao constatar a derrota, pede ao povo que destrua tudo, envene as águas, queime os solos, liquide os animais, derrube os monumentos, se mate como raça e destrua o mundo. Efetivamente ele se matou e todo os seus seguidores próximos. Era o império do princípio de morte.


Cabe a Deus julgar a subjetividade do assassino da escola de estudantes.



A nós cabe condenar o que é objetivo, o crime de gravíssima perversidade e saber localizá-lo no âmbito da condição humana. E usar todas as estratégias positivas para enfrentar o Trabalho do Negativo e compeender os mecanismos que nos podem subjugar. Não conheço outra estratégia melhor que buscar uma sociedade justa, na qual o direito, o respeito, a cooperação e a educacção e saúde para todos sejam garantidos. E o método nos foi apontado por Francisco de Assis em sua famosa oração: levar amor onde reinar o ódio, o perdão onde houver ofensa, a esperança onde grassar o desespero e a luz onde dominar as trevas.



A vida cura a vida e o amor supera em nós o ódio que mata.

quarta-feira, 30 de março de 2011

2º Encontro para agentes das Pastorais Sociais - PRODE

A CAMINHADA DA DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA ATRAVÉS DOS DOCUMENTOS – II

1. Leitura Orante: Ef 4, 15-25 Animador: Faremos o início da nossa reunião, hoje, de maneira diferente como fizemos das outras vezes. Estamos estudando o aspecto histórico da Doutrina Social da Igreja. Vamos começar a nossa reunião falando do último documento pontifício sobre a Doutrina Social da Igreja: “Caritas in veritate” (Caridade na verdade) do Papa Bento XVI, publicado em 2009. O pensamento espiritual central desta Encíclica será o fio condutor desta nossa Leitura Orante.

Lado 1: Para soluções adequadas às mais variadas questões sociais é preciso ter em vista o destino final do ser humano: realização plena em Cristo.

Lado 2: A realização do bem comum é incompleta sem levar em conta o destino final do ser humano.

Todos: “Seguindo a verdade em amor, cresceremos em tudo em direção àquele que é a Cabeça, Cristo.” (Ef 4,15)

Lado 1: Caridade não é somente uma atitude de relacionamento com as pessoas.

Lado 2: A caridade deve também abranger os relacionamentos sociais, econômicos e políticos.

Todos: “Seguindo a verdade em amor, cresceremos em tudo em direção àquele que é a Cabeça, Cristo.” (Ef 4,15)

Animador: Bento XVI falando sobre viver a verdade na caridade não está preocupado em dar regras, mas em colocar presente a motivação mais profunda do agir cristão.

Lado 1: A verdade é luz que dá sentido e valor a caridade.

Lado 2: A verdade é Deus. Não se pode construir uma sociedade sem Deus.

Todos: “Seguindo a verdade em amor, cresceremos em tudo em direção àquele que é a Cabeça, Cristo.” (Ef 4,15)

Lado1: Verdade não é opinião, nem ponto de vista pessoal.

Lado 2: Encontrar a verdade é chegar ao essencial das coisas.

Todos: “Seguindo a verdade em amor, cresceremos em tudo em direção àquele que é a Cabeça, Cristo.” (Ef 4,15)

a) Invocação ao Espírito Santo cantada ou rezada

b) Alguém proclama pausadamente a Palavra da Leitura Orante

c) É dado um tempo para que as pessoas possam ler o texto individualmente.

d) Momento de partilhar o que a Palavra despertou no próprio coração. É bom sempre lembrar que não se trata de fazer “sermão” para os outros, mas um colocar-se pessoalmente diante da Palavra. Após a partilha pessoal cada um pode dizer qual pensa ser o contato deste texto com a Pastoral Social.


2. ENSINAMENTO DA DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA

Animador: Vimos em nosso último encontro a mensagem encorajadora que o Concílio Vaticano II deixou através da Constituição Pastoral “Gaudium et Spes. Esta mensagem e o grande desenvolvimento tecnológico e industrial da década de 1960, com suas maravilhas e riscos para a humanidade, leva o Papa Paulo VI (1963-1978) a publicar a Encíclica “Populorum Progressio” (O progresso dos povos), assinalando que o desenvolvimento deve levar à paz.

Lado 1: Desenvolvimento não é somente evolução tecnológica.

Lado 2: Desenvolvimento exige ação solidária.

Todos: “O desenvolvimento é o novo nome da paz.”

Lado 1: O desenvolvimento exige o acesso ao ensino para todos.

Lado 2: O desenvolvimento exige respeito à dignidade da pessoa humana.

Todos: “O desenvolvimento é o novo nome da paz.”

Lado 1: O desenvolvimento exige ausência de guerras.

Lado 2: O desenvolvimento exige o reconhecimento de Deus como origem e finalidade dos valores supremos.

Todos: “O desenvolvimento é o novo nome da paz.”

Lado 1: O Papa Paulo VI, em 1967, instituiu a Pontifícia Comissão para a Justiça e a Paz.

Lado 2: O Papa Paulo VI teve a iniciativa de instituir o primeiro dia do ano – 01 de janeiro – como “Dia Mundial da Paz”.

Animador: Desde 1968, a cada ano, no dia 01 de janeiro, os Papas escrevem uma mensagem envolvendo temáticas relacionadas com a Doutrina Social da Igreja. É a mensagem do “Dia Mundial da Paz”.

Todos: “O desenvolvimento é o novo nome da paz.”

Animador: O Sínodo dos bispos de 1971 teve como tema “A Justiça no mundo” e neste mesmo ano, ainda o Papa Paulo VI, publicou a Carta Apostólica “Octogésima Adveniens” (Com a chegada do octogésimo) para celebrar os 80 anos da Rerum Novarum. Nesta Carta o Papa trata das necessidades de um mundo em transformação.

Lado 1: Vive-se um grande período de contestação na sociedade ocidental.

Lado 2: Os valores morais do cristianismo estão sendo fortemente questionados e criticados

Lado 1: Os grandes centros urbanos industrializados precisam de humanização.

Lado 2: Os jovens necessitam formação nos valores morais.

Lado 1: A presença da mulher no mundo do trabalho e na sociedade não pode ser ignorada.

Lado 2: É necessário tomar consciência do problema da discriminação racial e da emigração.

Lado 1: A tecnologia e a ganância econômica criam situações de desemprego e pobreza.

Lado 2: O crescimento populacional não é impedimento para o bem estar e o desenvolvimento. É preciso respeitar a vida humana.

Lado 1: Os meios de comunicação social devem servir à comunhão e á verdade.

Lado 2: O progresso tecnológico e o desenvolvimento industrial devem levar em conta o meio ambiente natural. Animador: Chegamos em nossa caminhada histórica ao longo pontificado do Papa Beato João Paulo II (1978-2005). Ele, para celebrar os 90 anos da Rerum Novarum, escreveu a sua primeira Encíclica Social em 1981: “Laborens Exercens” (Por meio do exercício do trabalho).

Lado 1: O trabalho é maior que os bens de produção.

Lado 2: O trabalho é bem fundamental para a pessoa, fator primário da atividade econômica.

Todos: Sem o trabalho não há solução para a questão social.

Lado 1: Muito mais que sustento material e produtivo, o trabalho manifesta a dignidade da pessoa.

Lado 2: Aquele que dá o trabalho, o empregador, tem uma missão diante da sociedade.

Todos: No trabalho o ser humano encontra a realização de sua vocação natural e sobrenatural.

Animador: Para comemorar os 20 anos da marcante “Populorum Progressio” do Papa Paulo VI, João Paulo II, em 1987, publica a Encíclica “Sollicitudo rei socialis” (A solicitude das coisas sociais) sobre como a Igreja é solícita para com as coisas sociais.

Lado 1: Os problemas abordados por Paulo VI agora tornaram-se maiores.

Lado 2: Falta desenvolvimento e paz no chamado Terceiro Mundo.

Todos: “A paz é fruto da solidariedade”.

Lado 1: Onde há desenvolvimento muitas vezes ele se revela desumano.

Lado 2: A simples multiplicação de bens gera corações egoístas. Todos: “A paz é fruto da solidariedade”.

Lado 1: A simples multiplicação de serviços não abre o coração ao outro.

Lado 2: Não se pode confundir progresso com desenvolvimento. Todos: Se o novo nome da paz é o desenvolvimento, o verdadeiro desenvolvimento se faz com a solidariedade.

Animador: E no centenário da Rerum Novarum (1991), João Paulo II publicou a sua terceira Encíclica social: “Centesimus Annus” (Centésimo ano). O Papa recorda os 100 anos da Doutrina Social da Igreja e reafirma a solidariedade como expressão da caridade verdadeiramente cristã.

Todos: A Doutrina Social da Igreja é elemento essencial da evangelização.

Animador: A temática da terceira Encíclica de Bento XVI (2005 - 2009) é a Doutrina Social da Igreja que ele identifica com a caridade inseparável da verdade. Este fundamento já meditamos no início da nossa reunião. Na Encíclica Bento XVI abrange praticamente todos os pontos que a Doutrina Social da Igreja tem refletido até nossos dias. A atualidade desta Encíclica deveria nos levar a desejar um estudo mais aprofundado.

Leitor: Foram feitas pelo episcopado reflexões na América Latina e no Brasil sobre a Doutrina Social da Igreja?

Animador: Sem dúvida. Todos os documentos das Conferências Gerais do Episcopado Latino Americano (CELAM) tocam nas questões sociais. Citemos:

Lado 1: Medellín em 1968.

Lado 2: Puebla em 1979.

Lado 1: Santo Domingo em 1992.

Lado 2: Aparecida em 2007.

Leitor: E a CNBB?

Animador: Vários documentos, estudos e declarações foram publicados pelas Assembleias Gerais da CNBB. Vamos recordar alguns:

Lado 1: Exigências cristãs de uma ordem política, em 1977

Lado 2: Subsídios para uma Política Social, em 1979

Lado 1: Igreja e problemas da Terra, 1990

Lado 2: Solo urbano e ação pastoral, em 1982

Lado 1: Nordeste, desafio à missão da Igreja no Brasil, em 1984.

Lado 2: Exigências éticas de ordem democrática, em 1989.

Lado 1: Educação, Igreja e sociedade, em 1991

Lado 2: Ética, pessoa e sociedade, em 1993.

Lado 1: Missão e Ministérios dos cristãos leigos e leigas, em 1999

Lado 2: Brasil – 500 anos: Diálogo e Esperança, em 2000

Lado 1: Exigências evangélicas e éticas de superação da miséria e da fome, em 2002.

Lado 2: Por uma reforma do Estado com participação democrática, em 2010.

Animador: Não esqueçamos que, já por muito tempo, a cada 04 anos, a CNBB publica as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil (DGAE) e nestas diretrizes sempre são abordados aspectos relacionados com a Doutrina Social da Igreja.


3. Partilha da Pastoral Social paroquial

a) Seja sincero(a): que conhecimento você tem de todos estes documentos que formam o Corpo de Doutrina Social da Igreja? Você já pensou, ao menos, em adquirir o Compêndio de Doutrina Social da Igreja?

b) Cada pastoral partilha o que tem acontecido desde a última reunião com os seus trabalhos.

c) Caso na última reunião tenha sido proposta uma ação concreta de articulação entre as pastorais sociais da paróquia, este é o momento de avaliação. Ver que passos concretos foram dados. Propor passos seguintes.


4. PRECES

a) Preces espontâneas em consonância com a Palavra rezada, ensino feito e as experiências partilhadas.

b) Pai Nosso