Entrando pela porta da frente e olhando para o lado esquerdo vemos 4 pinturas na parede. Começando da direção do altar para a porta frontal temos: 1. A Anunciação (Lc 1,26-38. Mt 1,18-25); 2. A visitação da Virgem Maria a sua parenta Isabel (Lc 1, 39-58); 3. A Sagrada Família (Lc 2,51-52); 4. Jesus e os aflitos (Mt 11, 28-30).
As cenas foram ordenadas em seqüência cronológica mostrando o projeto amoroso de Deus que envolve a vida de Nossa Senhora (e nela a humanidade toda) no evento salvador de Nosso Senhor Jesus Cristo. Toda devoção a Maria santíssima é fundamentalmente cristológica, ou seja, sempre se refere ao Cristo. O que dá uma importância incomparável a nossa Mãe Santíssima: em Maria o ser humano vem tocado por Deus (cheia de graça), é feito participante ativo da redenção (por isso corredentora), é colocado como meio de realização da encarnação da graça divina na historia da humanidade (medianeira) e experimenta, como antecipação, a realização da salvação plena na comunhão com a Trindade (modelo e esperança da Igreja).
Do lado direito: o experimentar Deus.
Olhando da porta central para a direção do altar, a primeira figura ( das quatro existentes) retrata Jesus que se revela aos discípulos de Emaús ao partir o pão (Lc 24,13-35). A cena se refere à Eucaristia, onde nós nos encontramos com o Cristo ressuscitado para recebermos dele o alimento e a missão.
A segunda figura retrata o encontro de Jesus com Marta e Maria, onde Jesus elogia Maria por se colocar a ouvi-lo (Lc 10,38-42). A cena se refere à experiência de Deus na escuta da Palavra de Deus, especialmente no ensinamento de Jesus nos Evangelhos, onde o próprio Deus encarnado se encontra conosco e nos guia.
A terceira figura retrata o Penteconstes (At 2ss). A centralidade de Maria na cena simboliza a unidade da Igreja naquela que desde o anúncio do anjo se tornou cheia do Espírito Santo e modelo de confiança, de serviço e amor a Deus. A pintura quer retratar a experiência do Espírito Santo de Deus que vivifica e anima a Igreja e faz novas todas as coisas.
A quarta figura retrata a Assunção de Maria Santíssima aos céus (Ap 19,7-9). Ela faz referência a nossa grande esperança de um dia vencermos a morte e encontrar Deus face-a-face e viver para sempre com Ele.
Todas as pinturas na matriz expressam o mistério da familiaridade de Deus conosco. Não poderia ser de outro modo, uma vez que sendo dedicada a Nossa Senhora, nos colocamos diante da Mãe santíssima, irmanados em Nosso Senhor Jesus, na presença do Divino Pai celeste, inundados pelo Espírito Santo.
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