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terça-feira, 13 de julho de 2010

Arrepio na alma

Ouvi dizer, certa vez, que quando algo do além raspa em nós, sentimos um arrepio na alma.
Não se trata, é claro, de assombração, nem de calafrio, mas da sublime dimensão da Espiritualidade que nos faz sensíveis à presença divina para além do ouvir, ver, tatear, cheirar e degustar. Tantas vezes, como um encontro não marcado, o criador-redentor-santificador sopra o ouvido do nosso ser.
Quem aprende a cultivar tais momentos chega a criar uma estranha intimidade com aquilo que podemos chamar de "escancarada presença de eternidade".
Quando pessoas são atraídas a lugares em que essa presença vem reconhecida, logo lhe dão o nome de Santuário. Lugar teologal, lugar do encontro com o divino, lugar onde só se pode falar, pensar, sentir e dizer em Deus.
Não depende de escolha do ser humano criar a existência de um Santuário. O Santuário nasce do encontro entre o divino e o humano numa maneira tão evidente que não precisa fazer propaganda para se tornar um lugar comum de comunhão.
O Santuário não é apenas um lugar geográfico, existem pessoas que se tornaram Santuário: no catolicismo podemos nos lembrar assim de alguns: um São Francisco de Assis, uma Madre Tereza de Calcutá, um Dom Helder Câmara e muitos outros e outras.
Como não se trata de uma busca e sim de um encontro, ele se dá em tantas situações diferentes... o importante é saber identificar e tornar esses encontros em pontos de força e fé na caminhada.
Das experiências de Santuário surgem orações, testemunhos de vida, poesias que podem se tornar em possibilidades de novos encontros.
Um exemplo: as poesias da poetiza e terciaria franciscana Adelia Prado. Em suas poesias podemos encontrar a interpretação da vida com a intensidade do encontro, desde as coisas mais simples e corriqueiras, como por exemplo este seu haikai:

ARTEFATO NIPÔNICO

A borboleta pousada
ou é Deus
ou é nada.

De A Faca no Peito (1988)

Se quiser conhecer outras poesias entre no site: http://br.oocities.com/edterranova/adeliapoe.htm

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