Sinta-se em casa!

Fale conosco através do email suelenajara@hotmail.com ou matrizaparecida@hotmail.com
Escreva para a Suelen, da PASCOM, ou para o frei.
Você pode dar opiniões sobre o blog e sobre temas que gostaria de saber. Sinta-se em casa!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O tempo passa... a morte é certa. Façamos o bem.

Uma curiosa cripta na igreja dos franciscanos capuchinhos, em Roma.



Santa Maria della Concezione dei Cappuccini (Nossa Senhora da Conceição dos Capuchinhos), é uma igreja em Roma, Itália.
Está localizada a Via Veneto, perto da Piazza Barberini. A cripta está localizada embaixo da Santa Maria della Concezione, uma igreja encomendada pelo Papa Urbano VIII, em 1626.
O irmão do Papa, Cardeal Antonio Barberini, que era da ordem dos Capuchinhos, ordenou, em 1631, que os restos de milhares de freis Capuchinhos fossem exumados e tranferidos para a cripta. Os ossos foram colocados ao longo das paredes e os freis começaram também a enterrar seus próprios mortos lá, bem como os corpos de Romanos pobres, cujas tumbas ficavam embaixo do chão da atual capela das Missas. Todos os dezenhos e detalhes na cripta são feitos com ossos.
A cripta, ou ossário, contem agora os restos de 4.000 freis enterrados entre 1500-1870, um tempo no qual a Igreja Católica permitia enterros embaixo e dentro de igrejas. A cripta subterrânea é dividida em cinco capelas e os ossos são dispostos de forma elaborada, tranformando o espaço em uma macabra obra de arte. Alguns esqueletos estão intactos e ainda vestidos em hábitos franciscanos. Uma placa em uma das capelas diz em três línguas:
"O que você é agora, nós um dia fomos; o que somos agora, você será um dia."

Explicação: no século 17, se tornou comum na Europa um tipo de expressão artística que traduzia o conflito entre o homem e sua maior certeza da vida: a morte. Essa arte, que se manifestou principalmente na pintura, ficou conhecida pela palavra latina vanitas, cuja tradução em português é vaidade (derivada de vanitatis, palavra com a qual os antigos romanos designavam a vacuidade, a futilidade e o orgulho vão). Resumindo a mensagem: a vida é boa, mas passa. Nela há beleza, poder, prazer, mas (também) a decadência e o fim inevitável. Daí vem a advertência sobre as conseqüências da total entrega a uma vida de prazeres e às questões mundanas frente à inevitabilidade da morte.
Esse modo de pensar convida a refletir sobre a arrogância, o materialismo exacerbado e o hedonismo (características tão acentuadas no nosso tempo). Acima de tudo é um convite para que as pessoas se lembrem de que a vida também é feita de valores e virtudes.
Vários santos, reconhecidos pela penitência de sua vida, trazem este simbolismo através da presença de um crânio ao seu lado.
O próprio São Francisco de Assis, em várias das suas representações, traz um crânio na mão ou junto aos pés. Particularmente, penso que estas representações de são Francisco transmitem melhor o carisma franciscano do que outras que se encontram por aí.
Busquemos, pois, por uma vida virtuosa, mostrar que somos, desde já, cidadãos do Céu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário